sexta-feira, 10 de agosto de 2007

carta de Freeda para um hermitão



com a tarde

cansaram as duas ou três cores da colcha

esta noite, a lua, o claro círculo,

não domina o seu espaço.

pátio, céu canalizado

o pátio é o declive

pelo qual se derrama o céu na casa.

serena

a eternidade espera na encruzilhada de estrelas

grato é viver na amizade escura

de um saguão, de uma parreira.

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2 comentários:

j. gauche disse...

lindo esse texto lili. curto e leve como gosto.

Hanne Mendes disse...

Belo texto.
Suavidade em cada palavra, mas sem perder o peso de um sentido amplo.

Abraço.